Manual diferencia desvios graves e leves em relação às normas gramaticais.
O guia lançado nesta semana abrange uma das maiores críticas dos professores em relação à redação do Enem: a correção. Questionada por ser menos analítica que a avaliação de vestibulares como o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a prova de redação do Enem agora esmiúça como deve ser o texto dos candidatos.
— Antes tínhamos poucos detalhes do que era avaliado, parece que eles estão tentando melhorar — comenta a professora Marta Canella, do Grupo Unificado.
Para Marta, uma das principais diferenças do texto feito no Enem era exatamente a correção, mais conceitual e subjetiva que as dos demais vestibulares. Professora de Redação do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Militar de Porto Alegre, Jésura Chaves explica que o Enem avalia a partir de competências e por níveis — do excelente ao regular —, em vez de impor valores distintos para cada erro.
Além disso, Jésura lembra que o texto do exame nacional pede que o redator defenda um ponto de vista de acordo com uma postura cidadã, ou seja, dentro de critérios considerados politicamente corretos. O final do texto ainda deve conter uma proposta de intervenção social, algo que não costuma ser pedido nos vestibulares tradicionais.
— O Enem avalia as mesmas coisas, só que de forma diferente — resume Jésura.
O lançamento do guia, acreditam as professoras, deve reduzir a angústia dos alunos em relação às exigências da redação do Enem. Como há uma parte teórica, em que se esclarece como o texto será avaliado, e outra prática, onde é possível ler textos com nota máxima, o manual trouxe um pouco mais de clareza para a avaliação.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vestibular/noticia/2012/07/guia-ajuda-a-entender-a-redacao-do-enem-3838369.htm
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