Objetivos deste Blog

“DEVEMOS SER GIGANTES NA FORÇA DO CORAÇÃO”. MADRE CLARA

O objetivo deste Blog, é como ferramenta de mediação e aprendizagem para os educandos do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Rainha do Brasil, promovendo a interação com o mundo do conhecimento, incentivando a troca de ideias. A partir desse instrumento surge uma oportunidade para os educadores promoverem dicas importantes, deixar textos, materiais, entre outros aspectos culturais e informativos. Portanto cabe a nós educadores e educados estar sempre atentos, atualizados, capacitados, utilizando o Blog adequadamente, explorando nosso potencial, para que haja uma recíproca entre professor-aluno. O mundo da aprendizagem, estimula para construção de textos, troca de experiências, e este recurso tecnológico é para dar ênfase aos conteúdos de sala de aula, do Pró Enem e vestibular para que os todos assimilem melhor os conteúdos e possam fazer suas postagens referentes aos assuntos repassados.
O blog é uma reconstrução de ideias.

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terça-feira, 1 de julho de 2014

NOVA LEITURA OBRIGATÓRIA, LIVRO DE LÍDIA JORGE ABORDA FAMA E AMBIÇÃO

"A Noite das Mulheres Cantoras" substitui obra do também português José Saramago e trata dos percalços existentes no rumo ao estrelato.

No efêmero cenário da música pop, cinco mulheres querem sair do anonimato e conquistar os holofotes. As amigas, ansiosas pela vida de celebridade, estão dispostas a tudo para construir uma imagem digna de idolatria, e cantam com o intuito de conquistar a fama e a admiração dos ouvintes mais do que com a vontade de difundir uma mensagem através das canções. Para tanto, não medem esforços: vale deixar de lado a própria personalidade em troca da vontade de se tornarem conhecidas.
Pode parecer um cenário muito atual — e não deixa de ser —, mas estamos falando de Portugal nos anos 1980.
:: Confira a lista de leituras obrigatórias do vestibular 2015 da UFRGS
Essa contemporaneidade é um dos pontos-chave de A Noite das Mulheres Cantoras, obra da escritora portuguesa Lídia Jorge que entrou para a lista de leituras obrigatórias da UFRGS neste ano. No livro, a ânsia de virar celebridade permeia cada ação do grupo. Essas cantoras, lideradas pela ambiciosa Gisela Batista, buscam o sucesso a todo custo, pouco importando os meios necessários para atingir seu objetivo. Impossível não traçar paralelo com os dias de hoje.
A obra foi lançada em 2011: uma novata se comparada com a outrora obrigatória — e conterrânea — Os Lusíadas, do século 16, mas contemporânea de Lya Luft e Tabajara Ruas, também cobradas na prova do vestibular 2015. No mesmo ano, A Noite das Mulheres Cantoras recebeu uma edição "traduzida" para o português brasileiro. Portanto, muita atenção na hora de escolher qual versão você quer ler, porque ambas estão disponíveis nas livrarias e foram publicadas pela mesma editora.
As mulheres cantoras
A protagonista, Gisela, estampa a vontade máxima do grupo, sedento pelo estrelato. A ela se juntam Madalena Micaia, Solange de Matos e as irmãs Nani e Maria Luísa Alcides: todas com vontade de alcançar a fama, mas nenhuma tão obstinada quanto a própria líder. Solange, uma compositora amadora, nutre em silêncio uma admiração pelas irmãs — mero esboço da idolatria que cresce quando entra em cena a líder (Gisela). É por causa dela que Solange passa a ter ambições maiores; com sua chegada, nasce a obsessão pelo estrelato.

Solange é quem narra, em um monólogo, a história da banda. A descrição, estruturada na forma de um retrocesso narrativo, acontece em 2009, mas retoma os acontecimentos de 21 anos atrás, quando ela era uma estudante que havia recém-ingressado na universidade. Enquanto compunha versos em segredo, recebeu um convite para fazer parte de um projeto musical. Ali surgiria a bandaApósCalipso, com a qual as mulheres cantoras tentariam obter o tão almejado status de celebridade.
— A obra também diz respeito aos valores do nosso tempo, e assim é uma leitura do presente. Se pensarmos no hoje, todos os nossos valores (éticos, ideológicos, estéticos) deixaram de ser absolutos. Questões do que é certo e errado, se é moral ou não passam a ser relativizadas. Essa é uma discussão bem pós-moderna que o livro trata muito bem — avalia Jane Tutikian, escritora e diretora do Instituto de Letras da UFRGS.
A História dentro da história
A busca da banda ApósCalipso expõe ainda uma alegoria para a derrocada do império português — em um cenário de retomada da democracia, com o fim do Salazarismo (regime totalitário que dominou o Estado lusitano de 1933 a 1974). A narrativa acompanha também o fim da África portuguesa e a questão social dos "retornados", como ficaram conhecidos os portugueses que voltaram ao país natal após a independência das colônias africanas. As personagens, em maior ou menor grau, têm todas em comum a relação íntima com o continente que acabava de conquistar mais autonomia.

— Na superfície, o que as cinco (cantoras) têm em comum é a música. Esse é o traço explícito. Em nível profundo, porém, o que elas têm em comum é a África — pondera Jane.
Essa questão histórica, porém, não deve ser cobrada dos estudantes. A prova da UFRGS até costuma exigir que o candidato relacione acontecimentos do período em que foi publicada determinada obra, mas isso só costuma ser feito com títulos da literatura brasileira. O professor de Literatura do pré-vestibular Mottola Flávio Azevedo acredita que a pergunta sobre A Noite das Mulheres Cantoras deve envolver detalhes do enredo ou da relação entre as personagens.
— Deve-se conhecer o andamento da história, como o enredo é narrado, e essa estrutura de retrocesso, de reentrância. Podem também cair detalhes familiares, algo sobre o passado das personagens. Eles não vão trabalhar com informações sobre a autora ou característica dela em geral: vão entrar diretamente na obra, até por se tratar de uma autora contemporânea — aposta Azevedo.
A questão social
Para além da identificação com a música, o desejo do estrelato e as raízes africanas das mulheres cantoras, Lídia Jorge explora nesta obra outro ponto comum em sua bibliografia: a questão social. Os retornados — grupo a que pertence o coreógrafo João de Lucena — surgem como uma nova classe, que busca indenização do Estado após ter de deixar os territórios que dominavam e se veem obrigados a começar uma vida nova em um país que não é mais o mesmo que eles deixaram — "um país que eles não conhecem e que não os reconhece", nas palavras da escritora Jane Tutikian.

— No fundo, é a questão da fama construída, e como por ela você é obrigado a abrir mão dos valores individuais porque passa a ser engolido por esse empreendimento — descreve a diretora do Instituto de Letras da UFRGS.
 
A escritora portuguesa Lídia Jorge | Ilustração: Godinho

ANÁLISE, por Jane Tutikian
A Noite das Mulheres Cantoras
Lídia Jorge é uma das maiores — senão a maior — escritoras portuguesas da atualidade. Ela surge com a geração do pós-1974, que vem para repensar a história recente de Portugal, desmistificando a nação conquistadora e o orgulho do império. Nesse sentido, publica livros como O Dia dos Prodígios, onde analisa alegoricamente a Revolução dos Cravos, ou O Jardim sem Limites, que trata da primeira geração pós-salazarismo. Com relação à atuação portuguesa na África, A Costa dos Murmúrios é a melhor expressão da literatura lusa. Agora, a escritora vem com a edição brasileira de A Noite das Mulheres Cantoras, e o pano de fundo é a história dos retornados, meio milhão de portugueses forçados a regressar a Portugal depois da independência das colônias, deixando na África a construção de uma vida inteira, sem qualquer indenização do Estado. E, mais do que isso, voltando para uma terra que já não mais conheciam, sentindo-se estrangeiros em sua pátria. No início do livro, Lídia Jorge esclarece que ao contar-se a história de um grupo conta-se a história de um povo.
Na superfície, a autora conta a história de Gisela Batista, que comanda um grupo de quatro jovens que querem alcançar a fama com um conjunto de mulheres cantoras. As irmãs Nani e Maria Luísa Alcides, Madalena Micaia e Solange de Matos subjugam-se à personalidade autoritária de Gisela Batista, porque ela é que tem o dinheiro e, porque o tem, estabelece as metas de vida das jovens. Tudo o que importa é que as cinco cantoras do ApósCalipso gravem um disco e façam sucesso.
Lídia Jorge desenvolve a narrativa de forma magistral. É Solange de Matos que, vinte e um anos depois, em 2009, a partir de um encontro das quatro cantoras (as irmãs Alcides, Solange e Gisela) e ainda do coreógrafo (João de Lucena), num show de televisão, que reconstitui, num monólogo, a história do grupo.
É nos dramas individuais que o funcionamento sócio-cultural português dos anos 1980 se revela. Solange, as irmãs Alcides, e a própria Gisela pertencem a famílias de retornados, marcadas pelo sentimento de uma derrota promovida pela própria pátria. Micaia é a africana, a santomense, a selvagem, que morre na casa de ensaio (a Casa Paralelo), cujo corpo tem destino ignorado e por quem ninguém pergunta, revificando as relações colonos x colonizadores. Cabe ao estudante de sociologia Murilo a análise das relações internacionais, as condolências apresentadas à África, o incentivo de resistência à América Latina e a tudo o que vem do Norte e a própria projeção do domínio do capitalismo num mundo sem fronteiras.
Verdade é que ao contar a história de um grupo, Lídia Jorge conta sim a história de um povo e, ao contar a história de um povo, conta a história de uma época em que os valores éticos, estéticos e ideológicos que a regem estão já preparando o nosso tempo.
Jane Tutikian
Escritora, diretora do Instituto de Letras da UFRGS

COM FILMES, PROJETO AJUDA VESTIBULANDOS A ENTENDER HISTÓRIA

Para estudar períodos históricos cobrados na UFRGS, História no Cinema aposta em tipo acessível de viagem no tempo: filmes na sala de cinema.

Por trás do embate entre os boxeadores Rocky Balboa e Ivan Drago, no longa-metragem Rocky IV, um contexto político de Guerra Fria. Nos socos que marcaram a luta ficcional, a representação do conflito entre Estados Unidos e União Soviética, personificado no lutador de família humilde que enfrenta o europeu calculista com frieza adquirida nos tempos em que vestia a farda do Exército Vermelho.
Rocky IV é um exemplo de obra estereotipada que, descontruída, pode proporcionar uma imersão no mundo dividido que caracterizou a Guerra Fria. É esse tipo de experiência que o História no Cinema para Vestibulandos busca proporcionar. O projeto, que chega à 11ª edição em 2014, promove exibições comentadas de longas para aproximar estudantes de cenários que caracterizaram importantes fatos e momentos históricos.
– Muitos jovens têm dificuldade para se colocar em um período. Os filmes apresentam aos alunos as situções, com as vestimentas, a reconstrução de cenário – explica Alfredo Ranzan, um dos palestrantes deste ano.
O ciclo recomeça neste sábado com a mesma receita das edições anteriores: exibição de filmes cujos contextos históricos serão abordados no vestibular e/ou no Enem, com comentários introdutórios e posteriores às sessões. Porém, em 2014, buscando tornar os encontros mais didáticos, os organizadores optaram por escolher palestrantes que trabalham ou já trabalharam com vestibulandos. Com a alteração, a expectativa é de que sejam estabelecidos links mais claros entre o tema da obra e possíveis questões, nos moldes em que costumam ser elaboradas as perguntas pela banca da UFRGS.
– Notávamos que, às vezes, o palestrante, por ser pequisador, fazia um comentário interessante para quem estuda história, mas não tinha didática. Então, procuramos professores que trabalham em cursinhos, que trabalham com estudantes – explica o historiador Gabriel de Lima, um dos coordenadores do projeto.
As sessões são gratuitas e não exigem inscrição prévia. Para quem não conseguir comparecer, a lista de longas também é útil. A dica é procurar pelos filmes e assistir em casa, no intervalo dos estudos, buscando relacionar o conteúdo com o que se vê na tela.
Ficaram de fora da programação de filmes desta edição A Batalha de ArgelO LeitorMachucaNo e o brasileiro O Que É Isso, Companheiro? – outros filmes indicados pelos professores como boas alternativas para emergir em períodos que certamente serão abordados pela prova da UFRGS.
Te liga na programação!
Os encontros ocorrem sempre aos sábados, às 9h30min, na Sala PF Gastal (Usina do Gasômetro) e no CineBancários (Rua General Câmara, 424), em Porto Alegre

21 de junho 
Brasil Colônia
Filme: Caramuru (Guel Arraes, 2001)
Palestrantes: Gabriel Torelly
Local: Sala PF Gastal

Em "A Vida de Brian", clássico do grupo britânico Monty Python, comédia e temas religiosos se misturam
Foto: Reprodução

28 de junho 
Idade Antiga
Filme: A Vida de Brian (Terry Jones, 1979)
Palestrantes: Mariana Canabarro Bastos
Local: CineBancários

5 de julho 
Idade Média 
Filme: O Nome da Rosa (Jean Jacques Annaud, 1986)
Palestrantes: Dionathas Moreno Boenavides e Odir Fontoura
Local: CineBancários

19 de julho 
Brasil Império
Filme: Sinhá Moça (Tom Payne, Oswaldo Sampaio, 1955)
Palestrantes: Rafael Dall’Agnol
Local: Sala PF Gastal

26 de julho 
Idade Moderna
Filme: Os Três Mosqueteiros (Stephen Herek, 1993) 
Palestrantes: Augusto Machado Rocha e Rivadávia Vieira Jr.
Local: CineBancários

2 de agosto 
Imperialismo 
Filme: O Último dos Moicanos (Michael Mann, 1992)
Palestrantes: Alfredo Ranzan e Cláudio Klippel
Local: CineBancários

16 de agosto 
República Velha 
Filme: São Bernardo (Leon Hirszman, 1972)
Palestrantes: Aécio Diego Pereira Severo e Alejandro Gomes Romero
Local: Sala PF Gastal

30 de agosto 
Primeira Guerra Mundial
Filme: A Grande Ilusão (Jean Renoir, 1937)
Palestrantes: Frederico Duarte Bartz
Local: CineBancários

6 de setembro 
Definição e Influência do Pensamento Marxista 
Filme: Diários de Motocicleta (Walter Salles, 2004)
Palestrantes: Mathias Scherer e Antônio D’Amore
Local: CineBancários

13 de setembro 
Era Vargas 
Filme: O Caso dos Irmãos Naves (Luís Sérgio Person, 1967)
Palestrantes: Anderson Torres e Glênio Costa de Mello
Local: Sala PF Gastal

27 de setembro 
Segunda Guerra Mundial
Filme: Círculo de Fogo (Jean-Jacques Annaud, 2001)
Palestrantes: Davi Ruschel
Local: CineBancários

4 de outubro 
Guerra Fria 
Filme: Adeus, Lênin (Wolfgang Becker, 2003)
Palestrantes: Gabriel Truccolo de Lima e Erick da Silva
Local: CineBancários

18 de outubro 
Ditadura Militar
Filme: Eles Não Usam Black-Tie (Leon Hirszman, 1981)
Palestrantes: Graziane Ortiz Righi e Diego Oliveira de Souza
Local: Sala PF Gastal

25 de outubro 
Movimento Negro 
Filme: Mississippi em Chamas (Alan Parker, 1988)
Palestrantes: Davi dos Santos
Local: CineBancários

1 de novembro 
Movimento Feminista 
Filme: Terra Fria (Niki Caro, 2005)
Palestrantes: Camila Petró e Andressa Malhão
Local: CineBancários

8 de novembro – Sábado, 9h30 
Época Contemporânea 
Filme: Quase Dois Irmãos (Lúcia Murat, 2004)
Palestrantes: Pablo Silva Figueiredo e Charles Sidarta
Local: Sala PF Gastal

29 de novembro 
História da África 
Filme: Diamante de Sangue (Edward Zwick, 2006)
Palestrantes: Anselmo Otavio e Bruna Bozzi
Local: CineBancários

EXERCÍCIO FÍSICO BENEFICIA VESTIBULANDOS, DIZEM ESPECIALISTAS.

Às vezes, uma vaga na universidade pode depender mais do futebol com os amigos do que de um intensivo de estudos em pleno feriado.


                                         Estudante Fabiele Karol de Oliveira, 19 anos, encontrou no treino da academia uma                                          maneira de escapar dos estresses da vida de vestibulando.                                          Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

Com quatro horas diárias diante dos livros, o 2014 de Fabiele gira em torno de matemática, química, física, português, literatura, biologia e geografia. Há um ano e meio a estudante, que persegue uma vaga para Psicologia, não resistiu à pressão da intensa vida de vestibulanda e encontrou na atividade física uma fuga para a rotina maçante.  A medida adotada por Fabiele Karol de Oliveira, 19 anos, é recomendável. Professores, educadores físicos e psicólogos afirmam: a prática de atividades físicas e os estudos não são só conciliáveis como elementares no dia a dia dos vestibulandos. Além de driblarem o estresse causado pelo foco ininterrupto nos livros, são caminho eficaz para o relaxamento muscular e o estímulo a aspectos cognitivos que podem afetar diretamente no desempenho da preparação para a UFRGS.
– Vários pontos são importantes. Um deles, que já está comprovado, é que exercícios físicos estimulam a (boa) condição da memória, fazem a pessoa estudar com mais gás e colocam para fora aquilo que preocupa – analisa o psicólogo Fernando Elias José, que acredita ser importante o estudante incluir em sua rotina um período para “extravasar”.
– Além de beneficiar o corpo, o vestibulando vai encontrar pessoas que não estão envolvidas com aquele concurso. Vai dar uma arejada, uma espairecida na rotina que envolve somente gente que está estudando. Também vai melhorar o sono e diminuir o nível de irritabilidade – pontua José.
Para o educador físico Márcio Soares, corpo e mente andam juntos, e um não adquire saúde plena sem auxílio do outro.
– Nesta época do ano, de muito estudo, os exercícios ajudam a melhorar a circulação sanguínea, a frequência cardíaca, a sair do foco do estudo para trabalhar o corpo e alongar. Eles liberam betaendorfinas e outros hormônios que dão a sensação de bem-estar. Se tu estiveres bem com teu corpo, tu vais estar bem com a tua mente. – explica Soares.
Muitos vestibulandos acostumam-se a passar um ano inteiro percorrendo um único itinerário: do cursinho para casa e da casa para o cursinho – o roteiro ainda pode incluir a escola, “para variar”. Por isso, a prática de esportes coletivos é um antídoto recomendável contra a reclusão social. Exercitam habilidades mentais, como superação, concentração e controle da ansiedade, estimulando a velocidade de raciocínio por meio de uma atividade prazerosa.

Erguer peso por um vestibular mais leve

Sempre renegadas por Fabiele Karol de Oliveira, as atividades físicas ganharam espaço em sua rotina em 2013, quando a vestibulanda passou a frequentar a academia três vezes por semana. Desde então, ela encara os livros com menos temor e se sente mais tranquila quando pensa no vestibular da UFRGS de 2015.
– Fico muito nervosa na preparação para o vestibular, e ir à academia acaba sendo relaxante. É bom para sair da pressão, para não ficar só estudando e acabar morrendo na praia – acredita.
Hoje, o peso por um concorrido lugar nas universidades públicas é divido com o das placas de ferro fundido que ergue quando malha. Há dois anos, a saúde da estudante sofreu um revés assim que ela se formou no Ensino Médio.
– Em 2012, acabei ficando depressiva, e meu psicólogo achava que era por causa da pressão do vestibular. Só frequentava o cursinho mesmo, e isso me prejudicou – conta Fabiele.
Quatro horas por dia de estudo, com um intervalo de uma hora, formam a receita encontrada pela jovem para não retirar o foco prioritário do conteúdo exigido pela UFRGS – mas sem enlouquecer com ele. Uma maneira de extravasar, colocando o corpo e a mente em funcionamento.
– É fundamental dosar o tempo de estudo. No final de semana, estudo somente no domingo, no sábado eu prefiro relaxar. Não posso deixar minha rotina cansativa – explica Fabiele.

Quatro caminhos, muitos benefícios
Entre aulas, provas simuladas e leituras obrigatórias, há tempo para a prática de exercícios. Confira alguns exemplos e os benefícios que podem trazer ao corpo do vestibulando que os pratica:
Exercícios aeróbios, como corrida e natação, podem ser praticados durante 30 minutos, três vezes por semana, em dias intercalados. Entre seus benefícios, estão alívio da ansiedade, controle da pressão arterial, condicionamento cardiorrespiratório, redução de estresse e melhora da circulação.
Esportes coletivos estimulam o raciocínio rápido e a liderança, além de distraírem o candidato da desgastante rotina dos livros. Não é porque começou a se preparar para o vestibular que deve cortar o sagrado futebol da semana.
Exercícios anaeróbios, como musculação, exigem o controle da respiração e tranquilidade para executar o movimento perfeito e erguer a carga proposta pelo personal trainer. São práticas de alta intensidade e curta duração, não tomando muito tempo na rotina dos vestibulandos.
Lutas também são uma boa alternativa para escapar do dia a dia de estudos. Como pedem concentração, força e disciplina, podem facilmente retirar o foco no vestibular e ajudar o candidato a relaxar.
Fonte: Zero Hora - 01/07/2014